sábado, abril 29, 2006
A Feira do Livro de Coimbra tem estado a decorrer na cidade. Das grandes é a primeira a abrir este ano. Por lá passarei como é habitual. Mas este ano farei também um desvio para visitar o Fórum Coimbra e a FNAC que lá abriu.
 
posted by Jose Matos at 18:06
sexta-feira, abril 28, 2006
Como podem ver este blogue já tem uma nova rubrica, pois sempre que há assembleia tem que haver um caso provocado sempre pela mesma deputada.

Além do já citado noutro post surgiu também a proposta em assembleia de ceder à Associação Desportiva de Santiais as instalações da escola primária que vai fechar. Até aqui tudo bem. O PS que até era contra o fecho da escola agora acha bem e quer dar uma solução às instalações.

Só que a verdade é que a câmara já anda há algum tempo em contactos com a dita a associação para fazer isso e está orçamentada uma verba para criar na zona da dita escola um Polidesportivo com piso sintético e um Parque Infantil, além da escola poder servir de sede para as associações da zona que não possuem sede.

Não se percebe por isso como é que esta proposta surge em assembleia como sendo uma ideia original do PS, quando o assunto já anda a ser tratado pela Câmara?
 
posted by Jose Matos at 15:06
O Carnaval foi outro assunto discutido na assembleia. Já aqui falei do tema várias vezes. Acho que foi positivo a Câmara ter no ano passado estabelecido um protocolo com a Associação de Carnaval que definiu claramente competências e responsabilidades no que diz respeito à organização e custos do evento. Na altura, a vereação do PS votou contra e penso que votou mal, pois o protocolo representava pela primeira vez uma relação transparente entre a Câmara e o Carnaval em que todos os custos e ajudas eram contabilizados.

É óbvio que o apoio financeiro da Câmara é hoje maior do que no passado, mas para um evento com a dimensão actual acho que é um apoio justo. Este ano, por exemplo, o apoio camarário em subsídio directo foi de 36 mil euros. É óbvio que além do subsídio directo, a Câmara chamou a si outras responsabilidades, mas tudo isso está pela primeira vez protocolado.

Também já aqui escrevi no passado o seguinte: “que todas as pessoas que ao longo dos anos estiveram à frente do Carnaval e que fizeram o seu melhor para que o Carnaval não morresse merecem obviamente uma palavra de apreço. Mesmo cometendo erros de gestão ou tendo azar com o tempo (como aconteceu ultimamente) ou mesmo usando o evento com intuitos políticos (como aconteceu no tempo do Zé Maria) todas as pessoas sem excepção merecem uma palavra de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido”.

Por isso, custou-me um pouco ouvir a deputada Marisa Macedo dizer em assembleia que com o dinheiro que a Câmara dá para o Carnaval é natural que o Carnaval dê lucro e que no passado (no tempo dela como é óbvio) com menos dinheiro o Carnaval também dava lucro.

Perguntei-lhe se sabia quanto é que a Câmara dava ao Carnaval antes de 2001, pois antes dela o Carnaval também dava lucro? Respondeu que não tinha bem a ideia dos números, mas que no tempo dela a associação recebeu 8 mil contos da Câmara.

Ora eu já tinha aqui escrito sobre este tema no passado e a resposta à minha pergunta já estava aqui desde Dezembro:

“Durante os anos 90, quando Vladimiro Silva foi presidente da autarquia, o subsídio ao Carnaval era obviamente muito mais baixo do que agora. Andaria à volta de 10 mil a 15 mil euros salvo erro. Ora, mas o Carnaval funcionava e as pessoas faziam o que podiam para que as coisas corressem bem. No famoso ano do Zé Maria, quando a deputada Marisa Macedo entrou para a direcção da associação do Carnaval (por questões essencialmente políticas), o apoio da câmara aumentou de forma abrupta para 40 mil euros. É um facto que o Carnaval deu lucro nesse ano e teve uma projecção mediática elevada devido à presença do Zé Maria. Quem esteve à frente soube gerir bem o evento e aproveitou bem o apoio da câmara. Nunca critiquei isso e mesmo a tentativa de instrumentalização política do lugar sempre a entendi no contexto da época e como se sabe não resultou. Só que para além desse sucesso (e cujo crédito é obviamente das pessoas que estiveram na altura à frente da associação) criou-se um precedente que foi o apoio financeiro da câmara aumentar de forma repentina e ter criado um novo patamar de financiamento que nunca mais baixou.

Nos anos seguintes, este apoio financeiro mais elevado permitiu que a associação funcionasse de forma mais folgada em termos financeiros, o que até pode ser bom por um lado, mas por outro criou novos níveis de gastos que se calhar não existiam antes. Se associarmos a isto o facto de durante dois anos seguidos as condições meteorológicas terem sido más para o desfile e captação de receita começamos a ver porque razão há neste momento uma dívida acumulada de 40 mil euros.

Falando agora em números mais concretos, em 1993, o Carnaval recebia 250 contos da Câmara. Ao longo dos anos 90 este subsídio aumentou para 3 mil contos e em 2001 passou de 3 mil contos para 8 mil contos. Ou seja, subiu 160%. E como podem adivinhar antes de 2001 com menos dinheiro o Carnaval também dava lucro. Portanto, o problema de dar lucro não é o subsídio da Câmara. O problema de dar lucro está obviamente na boa gestão e num factor externo muito problemático que são as condições climatéricas. Entender isto é fundamental e é por isso que acho estranho que um membro da assembleia que até já passou pela organização do Carnaval ache que o lucro está relacionado com o subsídio da Câmara. É claro que a gente percebe bem este discurso. É a teoria do costume. No nosso tempo é que era bom e agora é tudo mau.
 
posted by Jose Matos at 13:54
quinta-feira, abril 27, 2006
Não tem sido com grande contentamento que tenho visto de assembleia em assembleia a líder da bancada do PS criar sucessivos casos que eram perfeitamente evitados caso a deputada em questão tivesse mais cautela e sentido de estado nas suas intervenções. Não é bom para o PS, nem é bom para a deputada que claramente ainda não percebeu que ser deputado municipal não é mesma coisa que ser jornalista num jornal local e que o detentor de um cargo político tem que ter cuidado com aquilo que diz para não ser mal interpretado.

Por isso dizer que o resultado líquido positivo apresentado no exercício de 2005 é uma espécie de cosmética financeira (ou contabilidade criativa) é pouco sensato quando todos nós sabemos que as contas obedecem a regras de contabilidade extensivas a toda a Administração Pública. A suspeita que lançou a este nível era escusada e ainda por cima depois ter estado na semana passada numa reunião da Comissão Permanente da Assembleia Municipal, onde foi claramente explicado por um técnica da câmara que o facto de termos um resultado positivo líquido não significa que o dinheiro esteja em caixa.

Ora uma semana depois da dita reunião a deputada Marisa Macedo parece que se esqueceu de tudo o que ouviu lá e volta a reincidir no mesmo problema. Suspeito que não tenha estado com atenção na dita reunião e depois dá nisto.

Mas o mais grave é que tenha lançado uma suspeita sobre a justificação do empréstimo que foi apresentado para aprovação em assembleia. Ao citar o nome da pessoa que assinou a dita justificação (uma funcionária superior da câmara) lançou uma suspeição perfeitamente injustificada sobre a pessoa em questão, pois disse que a justificação para o empréstimo podia não corresponder bem à verdade. Ou seja, deu a ideia de que a pessoa que assinou aquela justificação assinou uma justificação falsa. Foi de mau tom e deixou no ar uma suspeição perfeitamente despropositada.
 
posted by Jose Matos at 20:44
Diga-se de passagem que mais uma vez o PS esteve melhor na vereação do que na assembleia. Na assembleia surgiu ontem muito apagado sem intervenções de fundo. É claro que na câmara estudou melhor o assunto (mérito para os dois vereadores), embora os vereadores em questão tenham entrado em várias contradições com o passado e usado argumentos pouco consistentes (o caso da derrama). Mas apesar de tudo conseguiram apanhar os pontos mais frágeis do relatório de contas, embora tenha que admitir que a lista que fiz no outro post lhes pudesse dar um certo jeito.

Mas vejamos o que disseram:

Foi dito em reunião de câmara pelos referidos vereadores, que as receitas correntes e despesas correntes atingiram níveis razoáveis de execução (83,5% e 77,6%) “facto que reflecte apenas a gestão corrente da autarquia (…) sem inovação incapaz de aumentar as receitas e controlar as despesas”.

Ora a coligação aumentou as receitas globais em 21 milhões de euros, em relação ao último mandato do PS, enquanto que o PS do 1º para o 2º mandato aumentou as mesmas receitas em 18 milhões de euros. Portanto, se a nossa gestão é corrente e sem inovação então o que podemos nós dizer daquela que existia no passado?

Mas o mais estranho foram os argumentos que usaram para justificar esta teoria: A queda na derrama face a 2004 (-29%), dizendo que esta “queda prova que em vez de estarmos a crescer estamos a regredir e ficar cada vez mais atrasados.”

Ora parece aqui que a câmara é a culpada pela queda na derrama quando sabem perfeitamente que isso é uma tendência nacional devido à situação económica do país.

Depois continuam dizendo que os custos com pessoal representam 50% das despesas correntes e que a câmara perante esta situação admitiu mais 18 funcionários. Esqueceram-se obviamente de dizer que 50% é uma percentagem perfeitamente normal no orçamento de uma autarquia em termos da relação despesas correntes/custos com pessoal como também esqueceram-se de perguntar porque razões foram admitidas essas pessoas.

Como também não devem ter lido a lista que publiquei aqui em Maio do ano passado a respeito deste assunto. A questão foi levantada na altura pelo jornal da deputada Marisa Macedo e teve aqui resposta. Mas parece que o PS continua a insistir na teoria de que estas novas admissões eram escusadas. Presumo que pensem o mesmo em relação ao passado quando em 98-99, a câmara abriu na altura 19 lugares novos no quadro com reflexos enormes nas despesas com pessoal que no ano seguinte (2000), bateram todos os recordes em termos percentuais. Bem, se calhar também eram escusados como agora. Eu acho que não, mas não sei o que pensarão os vereadores do PS sobre isto?

Depois continuam falando das baixas taxas de execução das receitas e despesas de capital. É uma crítica justa, mas mais uma vez esquecem-se de dizer que os valores líquidos das receitas e das despesas de capital são o 3º e 2º melhor valor de sempre.

Depois criticam a venda de lotes no Parque Industrial cuja taxa de execução foi de 10%. É de novo uma crítica justa, mas mais uma vez esquecem a história do Parque Industrial. Esquecem os atrasos que vinham do passado na infra-estruturação, esquecem que é a câmara sem ajudas comunitárias que tem feito a infra-estruturação sozinha. E esquecem sobretudo que agora pelo menos já há lotes para vender coisa que no passado não havia.

Na questão dos fundos comunitários dizem que a única resposta para uma taxa tão baixa de execução (12,5%) é a inépcia do executivo, a falta de projectos e a falta de capacidade. Ora talvez não tenham percebido que o grande problema aqui foi justamente o Parque Industrial e que não foi por falta de projectos. Os projectos para financiamento foram elaborados, não foram é contemplados por qualquer verba. Aliás, o mesmo já tinha acontecido no passado com projectos elaborados no último mandato de Vladimiro Silva, que pediam financiamento para o Parque Industrial. Nem 1 euro cá chegou. Ora será que no tempo de Vladimiro Silva a falta de financiamento comunitário para o Parque também era por inépcia e falta de projectos? Parece-me que não, mas pelos vistos os vereadores do PS têm uma ideia diferente.

Bem e terminam com as queixas do costume de que somos pobres e cheios de problemas como se a nossa pobreza tivesse surgido agora de repente só porque estamos nós no poder. Mas o mais inacreditável é que digam 70% do apoio comunitário tenha ido para a Rotunda do Hospital e para o Parque do Antuã! É que a falar assim até parece que não gostaram destas duas obras. Até parece que estão contra elas. Ou então parece que queriam que a câmara as pagasse sozinha sem qualquer ajuda comunitária. Era escusado este tipo de queixa, pois aumenta a suspeita de que são duas obras poucos interessantes para o PS.
 
posted by Jose Matos at 20:09
Fechou-se ontem um ciclo na Assembleia Municipal de Estarreja com a apresentação do Relatório de Contas de 2005. Com este relatório temos finalmente uma percepção daquilo que foi o mandato anterior. Já aqui no passado referi alguns números interessantes como os famosos 40 milhões de euros em despesas de capital investidos durante o mandato anterior e cuja última parcela está neste relatório (na verdade foram 39.9 milhões de euros). Acho que foi bom para Estarreja termos alcançado este valores.

Também aqui já disse várias vezes que não partilho da teoria de que no passado não se fez nada. O PS teve, por exemplo, deste ponto de vista um 2º mandato interessante com valores de investimento na casa dos 25 milhões de euros, que na altura foram também um recorde histórico como são os nossos agora. Portanto, o progresso desta terra é fruto dos vários mandatos ao longo do tempo, uns piores outros melhores, mas todos fizeram alguma coisa por nós. É óbvio que a nossa obrigação era fazer mais e melhor. Foi para isso que fomos eleitos e é para isso que estamos cá. E os números mostram que fizemos.

Mas aquele tipo de discurso de que nós é que somos bons e outros não prestam para nada não tem obviamente muito sentido e não devia de existir no discurso político, mas infelizmente é isso que ouvimos muitas vezes nestas reuniões.

Bem, mas sobre o relatório de contas como qualquer relatório tem pontos fortes que são o reflexo de uma boa gestão, como também tem pontos fracos que são sinal de insuficiências e de objectivos que não foram alcançados pelas mais diversas razões.

Uma oposição séria falaria de uns e de outros e não só dos negativos. Da minha bancada ouvi falar tanto das coisas positivas como das coisas negativas. Da bancada do PS o retrato traçado foi o do costume. De que está tudo mau.

Mas vamos então ao relatório. Escolhi 7 pontos fortes e 7 pontos mais frágeis que devem ser melhorados no futuro.

Pontos fortes

1- Baixa taxa de execução das despesas correntes (78%), a mais baixa desde 1997.

2- Aumento de 10% nas receitas do IMI, o que significa que há mais pessoas a comprar casa e a morar no concelho.

3- Equilíbrio financeiro – as receitas correntes pagaram a totalidade das despesas correntes à semelhança de outros anos (só em 95 é que isso não aconteceu).

4- Aquisição de bens desceu ligeiramente face a 2004 (apesar do aumento do IVA; combustíveis e inflação e etc..)

5- Ligeira descida (1%) nos serviços correntes face a 2004.

6- O ratio de pessoal versus os fundos municipais foi de 99,4, ou seja, os fundos municipais pagaram as despesas com pessoal, o que nem sempre aconteceu no passado.

7- O custo da energia com a iluminação pública diminuiu ligeiramente, embora a iluminação pública tenha sido reforçada.

Pontos frágeis

1- Uma taxa baixa de execução de despesas de capital, a mais baixa desde 1997. Mesmo assim, o valor líquido executado é o 2º melhor dos últimos 4 anos e está muito acima dos valores de outros mandatos.

2- Apesar da baixa taxa de execução nas despesas correntes, o valor líquido é superior a outros anos, reflexo do aumento de despesas com pessoal. Este aumento de despesa tem a ver com o reforço do quadro de pessoal da câmara e com aumento da contribuição para a Segurança Social e com a assistência em doença.

3- Uma descida de 30% na Derrama, devido à situação económica do país.

4- Descida ligeira nas receitas de capital em relação a 2004, embora o número de obras tenha aumentado, o que provocou aumento da dívida.

5- Baixa taxa de execução na venda de lotes do Parque Industrial (10% do previsto).

6- Baixa taxa de transferências de fundos da União Europeia (12,5% do previsto) devido à falta de financiamento comunitário para o Parque Industrial, onde estava prevista a maior fatia.

7- Os consumos com energia voltaram a aumentar a nível de edifícios devido à existência de novas infra-estruturas, mas no global fizeram aumentar os consumos de energia.

Em suma, é preciso continuar a trabalhar para que aquilo que não foi alcançado seja concretizado no futuro, mas como disse no início os resultados alcançados foram positivos e confirmam a confiança que as pessoas depositaram em nós em Outubro passado. Percebo que o PS tenha dificuldade em admitir isto. Mas como disse há pouco foi para isto que fomos eleitos para fazer mais e melhor.
 
posted by Jose Matos at 18:17
quarta-feira, abril 26, 2006
E já agora os Cindy Kat também têm um blogue.
 
posted by Jose Matos at 13:39
A ver com atenção o Gago.
 
posted by Jose Matos at 13:37
Já lá vão 20 anos desde que o reactor nº4 explodiu em Tchernobil. Uma herança pesada que continuamos a recordar 20 anos depois.

 
posted by Jose Matos at 13:31
Vários municípios reuniram ontem as suas assembleias municipais e realizaram sessões solenes sobre o 25 de Abril. Em Estarreja nada se fez. Penso que é algo que tem que mudar no futuro. A memória de Abril é algo que deve ser recordado todos os anos. Eu sei que já passaram muitos anos, mas o poder político jamais deve esquecer que vive em democracia por causa de Abril. E deve lembrar-se disto todos os anos.

E já agora uma nota mais pessoal. Era demasiado novo quando se deu o 25 de Abril. Por isso, não me lembro. Mas ainda vivi um bocadinho desse tempo em que não se podia falar à vontade, em que a PIDE vigiava tudo e todos, em que a guerra colonial era um pesadelo para os mais jovens, em que os jornais apenas traziam aquilo que a censura deixava passar, em que a política era apenas o privilégio de alguns iluminados. Abril acabou com tudo isto e deu novo clima político a este país.

Quando mais logo estivermos todos a discutir política na Assembleia Municipal é bom que a gente se lembre disto. Pois sem Abril, jamais seria possível uma reunião como a de logo à noite.
 
posted by Jose Matos at 13:26
sexta-feira, abril 21, 2006
O J. Macdonald, em Grandes Batalhas da II Guerra Mundial (Verbo, 1989). Um dos melhores livros que vi até hoje em português sobre esta guerra. Bem ilustrado e com essencial sobre as grandes batalhas. Já não é fácil de arranjar a não ser em alfarrabistas, dado que na edição original se encontra esgotado e não há perspectivas de reedição. Mas para os mais interessados é possível comprá-lo na Amazon por um preço muito barato.

 
posted by Jose Matos at 22:56
quinta-feira, abril 20, 2006
Já aqui tinha feito referência ao livro do Luís Marinho publicado no Círculo de Leitores sobre a operação “Mar Verde”. Agora que já vi o livro devo dizer que corresponde às minhas expectativas. Está bem escrito e descreve muito bem a cronologia desta acção executada em Novembro de 1970. São livros destes que fazem falta à discussão sobre a guerra colonial. Embora existam vários livros sobre a guerra ainda é um assunto a explorar e a debater na sociedade. Portanto, mais uma vez aqui fica a referência ao livro, que já está por aí nas livrarias e os meus parabéns ao autor pelo trabalho desenvolvido.

 
posted by Jose Matos at 14:30
Vai começar no próximo dia 26 Abril em Aveiro o ciclo de conferências Biologia na Noite. A primeira palestra é com o Mia Couto.
 
posted by Jose Matos at 14:20
O Carnaval deste ano deu um lucro de 31 mil euros. O lucro vai permitir reduzir em 50% o passivo herdado e mostra também que o PS não tinha razão quando votou contra ao protocolo celebrado entre a câmara e a Associação de Carnaval. Afinal a envolvência da câmara permitiu uma gestão mais rigorosa e um melhor acompanhamento do evento.
 
posted by Jose Matos at 13:51
quarta-feira, abril 19, 2006
Não sei bem ao certo, mas o coração é capaz de bater 100 mil vezes por dia sem um minuto de descanso. Mas é interessante como precisa apenas de uma pequena fracção de segundo para descansar para depois voltar a bombear o sangue por todo o corpo. E ao longo de uma vida farta-se de bater até que um dia se cansa e trai-nos e rouba-nos tudo o que temos. Mas não esteve ele uma vida inteira a bater para nós? Não se fartou de trabalhar para que a gente pudesse viver? Talvez um dia a gente arranje uma maneira de o substituir e aí temos o problema resolvido.Mas convém não ser só coração. Há tanta coisa em nós que falha. Há tanta coisa em nós que precisa de substituição. Até a cabeça que perde tempo com estas coisas. Que perde tempo a escrever estas tolices.
 
posted by Jose Matos at 14:43
segunda-feira, abril 17, 2006
Todos nós temos uma altura na vida em que podemos ter dores nas costas. Até o Durão Barroso quando era líder do PSD teve o seu problema de costas. Podem ter várias origens, mas ainda não descobri bem qual é o problema que tenho. Agora há uma coisa que já descobri é que detectar a origem de qualquer problema de saúde leva tempo sobretudo quando são exigidos exames complementares. É que neste país quando vamos ao médico e precisamos de um exame por muito simples que seja temos que andar muito. Se vamos a um especialista particular temos depois que ir ao médico de família para passar uma credencial para fazer o exame. Depois temos que ir a outro local para fazer o exame e depois temos que voltar ao especialista para mostrar o exame. Ora tudo isto leva dias e causa transtornos a quem trabalha. Mas é assim que as coisas funcionam. Agora imaginem o pobre de um idoso que muitas vezes tem dificuldades de deslocação andar a fazer tudo isto.
 
posted by Jose Matos at 19:39
A reportagem no Estarreja Hotel sobre as explosões na Quimiparque há uma semana atrás. Só agora é que vi.
 
posted by Jose Matos at 18:35
O que aconteceu na semana passada na Assembleia da República com a ausência dos deputados no plenário tem obviamente alguma gravidade, pois aumenta o sentimento popular de que os políticos não fazem nada e só lá estão para ganhar dinheiro. E já não é a primeira vez que acontece.

É claro que uma pessoa que chega a Assembleia assina o livro de presenças e depois vai embora o resto do dia dá obviamente um péssimo exemplo de trabalho. Já no passado se tinham verificado situações destas como em 2004, quando na votação do Código de Trabalho faltaram vários deputados que tinha assinado a folha de presenças, mas que já não estavam no plenário na altura da votação. Portanto, este tipo de esquema tem sido usado pelos deputados para ir de férias mais cedo ou para ir para casa mais cedo. Quantos já não o devem ter feito à Sexta-Feira?

É claro que a partir de agora o cuidado vai ser outro, mas suspeito que um dia destes quando o episódio estiver esquecido tudo volta ao mesmo. Já agora lembrava também um outro episódio lamentável em 2003, quando vários deputados faltaram à sessão plenária para ir a Sevilha ver o final da taça UEFA a título de representação política. Entre os que faltaram estava José Sócrates.
 
posted by Jose Matos at 18:15
É preciso ter alguma sorte para acordar todos os dias sem uma dor nas costas ou uma falha no coração. É preciso ter alguma sorte para poder comer todos os dias pela nossa mão ou ter mesmo vontade para comer. Ou então poder caminhar pelo nosso pé ou dar uma corrida quando é preciso. Muitos não podem fazer isto e mesmo assim arranjam vontade para viver todos os dias. E nós quando temos tudo isto não nos lembramos da sorte que temos. Nem nos lembramos que um dia havemos de não ter. E eu agora que tenho uma dor nas costas vejo isto com outros olhos.
 
posted by Jose Matos at 18:14
domingo, abril 16, 2006
Amanhã vai morrer durante o último episódio da primeira série de Roma. A morte de César vai ser tratada com violência. É o fim de um político e de um militar genial. Foi uma figura marcante em toda a história de Roma. Como sugestão de leitura fica "A Guerra das Gálias" publicado entre nós pela Sílabo em 2004.

 
posted by Jose Matos at 20:38
Noutros tempos quando a Páscoa não era apenas uma época para passar uns dias no Algarve, uma certa alegria tomava conta de nós. Lá se estreava uma roupa nova, lá se recebia uns folares e umas amêndoas e na nossa pequena pobreza aquilo era um acontecimento digno de registo. Hoje as amêndoas existem praticamente todo o ano. Os folares também e qualquer miúdo numa visita ao supermercado vê mais doces e chocolates do que eu durante todas as minhas Páscoas. Portanto, não admira que a Páscoa já não seja a mesma coisa. Até a TV é outra coisa. Dantes passavam aqueles filmes da Paixão, do Povo de Deus, aquelas coisas bíblicas, que nos deixavam um pouco perplexos. Hoje é o Harry Potter e a Lara Croft.
 
posted by Jose Matos at 12:48
sexta-feira, abril 14, 2006
Como os mais atentos devem ter notado tive um problema com o template anterior que deixou de apresentar a imagem do cabeçalho. O site que tinha a imagem e o template desapareceu e deixou-me assim com um problema em mãos. Por essa razão, este blogue volta a mudar de grafismo e de ares. Não sei se gostam do novo visual, mas foi o melhor que arranjei neste momento. Portanto, para já vai ficar assim.
 
posted by Jose Matos at 16:29
É curioso como alguns blogues têm servido de veículo de divulgação à série da HBO "Roma" que passa à Segunda na 2. É um bom sinal, pois trata-se de uma série bem feita embora com elementos de ficção. Mas a sua produção e divulgação é positiva, pois suscita o interesse pela história de Roma e pode levar muita gente a interessar-se pelo assunto. Existem várias obras em português sobre Roma que irei aconselhar nos próximos dias.

 
posted by Jose Matos at 16:20
quinta-feira, abril 13, 2006
Não vemos o interior das casas. Mas quantas pessoas vivem por aí sozinhas? Quantas chegam a casa e não têm ninguém com quem falar? Quantas passam a noite na mais absoluta solidão? Acredito que muitas e acreditem que não é fácil. Fomos feitos para estar uns com os outros e a solidão é das piores coisas do mundo moderno.

Espero que esta Páscoa muitos dos que estão sós tenham um pouco de companhia.
 
posted by Jose Matos at 14:13
Continuando a discussão sobre problema da proibição do tabaco

Não está em causa obviamente a proibição total de fumar. As pessoas vão obviamente continuar a fumar, o problema é que vão deixar de fazê-lo de forma a prejudicar os outros.

Por outro lado, o Estado tem obviamente responsabilidades para intervir em consumos que possuem consequências sociais. É o caso da droga, do álcool ou do tabaco. Como também tem obviamente legitimidade para intervir em consumos que prejudicam gravemente a saúde e que provocam habituação e dependência.

E deve fazê-lo para que lentamente as mentalidades mudem e os consumos mudem. É pena que tenha que ser o Estado a fazê-lo, mas se estamos à espera que seja a sociedade a mudar então nada muda.
 
posted by Jose Matos at 14:10
segunda-feira, abril 10, 2006
Quando César diz a Brutus que o quer a governar a Macedónia ele vê isso como uma maneira de o afastar de Roma.Quando César finalmente admite que não tem a certeza se pode confiar no seu "filho" devido ao seu passado de traição, Brutus insiste que nunca o traíu... Na Dois.
 
posted by Jose Matos at 18:37
sexta-feira, abril 07, 2006
Amanhã na RVR o último programa antes das férias da Páscoa. A questão do projecto de lei anti-tabaco será discutida. E obviamente que sou a favor por várias razões.

1- Incomoda-me profundamente o fumo em locais públicos. E incomoda-me profundamente ser fumador passivo. Qualquer um pode fumar e prejudicar-se pessoalmente por isso. Agora prejudicar os outros já é abuso.

2- Aquilo que o Estado gasta todos os anos em cuidados de saúde para tratar os melefícios do tabaco nunca foi verdadeiramente contabilizado, mas não deve ser concerteza pouco. Portanto, temos aqui também um problema de saúde pública.

3- O tabaco é uma droga (como o álcool) e outras que andam por aí. Sim, é verdade. A diferença é que o vinho bebido com moderação até pode ter algum efeito benéfico. Agora o tabaco nem fumado com moderação tem qualquer efeito benéfico.


É claro que dizer que tudo isto é repressão social custa perceber na boca de um agitador ligado à saúde. É que o problema não está em um qualquer eu ser livre de consumir um produto. Não é isso que está em causa aqui. O que está em causa é que além do fumador propriamente dito há o problema dos outros que não querem ser fumadores e são obrigado a apanhar com o fumo dos outros. Aí é que está o problema.
 
posted by Jose Matos at 21:53
quarta-feira, abril 05, 2006
O Voz Regionalista está on-line. Está com bom aspecto. A página do PS em Estarreja é que continua em remodelação.
 
posted by Jose Matos at 16:43
Nunca gostei de constipações. São uma pestilência, uma doença que volta todos os anos com novas formas. Noutros tempos davam sempre cama. Quatro dias de febre e de inactividade. Mas depois passavam e tudo voltava ao normal. Mas com o passar do tempo parece que ficaram mais resistentes. Já não passam em 4 dias. Demoram uma semana ou mesmo mais. E para não ir à cama ando dias encharcado em fármacos que são capazes de fazer bem por um lado, mas mal por outro. Portanto, nunca tive paciência para estas pestilências e continuo a não ter. Mas infelizmente ainda não inventaram um remédio para isto. Ou então um detector de vírus, que nos avisasse sempre em caso de perigo.
 
posted by Jose Matos at 16:02
Quantos blogues nasceram nos últimos 3 anos e quantos sobrevivem ainda hoje? Muito poucos. Como já disse em tempos não é fácil manter um blogue. Mas os blogues políticos têm obviamente falta de assunto. O clima político está pouco propício a grandes polémicas. E com a proximidade do Verão tudo tenderá para a dormência.
 
posted by Jose Matos at 16:00
segunda-feira, abril 03, 2006
A Primavera tem destas coisas. É capaz de nos dar um dia de calor como o de hoje e logo de seguida mandar-nos dias seguidos de chuva só para nos chatear.
 
posted by Jose Matos at 20:59
Um bom documentário sobre a história da bomba atómica.

 
posted by Jose Matos at 20:53
A demissão do director nacional da PJ pelo governo já era de esperar depois da pressão que a direcção da PJ exerceu publicamente sobre o executivo a respeito da situação financeira da PJ e da possível transferência do pelouro da relações internacionais para a Administração Interna. Era impensável que o governo nada fizesse a este respeito e deixasse tudo como estava. Mas Santos Cabral fez também aquilo que lhe competia como chefe máximo da PJ. Deu eco público da insatisfação e da situação de penúria que a PJ vive neste momento. O facto de o ter feito publicamente tentando condicionar a acção do governo foi obviamente uma boa razão para o governo o demitir, mas por outro lado expôs a situação e mostrou que o governo neste sector não sabe muito bem o que anda a fazer. É obviamente inadmissível que a polícia em questão tenha sido vítima de uma suborçamentação, como também não se percebe bem que ideia peregrina foi essa de tentar passar os contactos da Europol e da Interpol para a Administração Interna?
 
posted by Jose Matos at 20:45
domingo, abril 02, 2006
Não é lá muito justo apanhar uma constipação nesta altura do ano. Mas eu tive azar e agora vou ficar uns dias a recuperar disto.
 
posted by Jose Matos at 18:02