O post do José Cláudio a propósito da Ministra da Educação e das escolas merece atenção numa altura em que se discute a revisão do Estatuto da Carreira Docente ou problemas relacionados com violência nas escolas como aconteceu ontem na RTP 1.

É um facto como ele diz que a escola pública tem sido um meio de inclusão e igualdade social ao dar igual acesso ao conhecimento tanto para o aluno pobre como para o aluno rico. É claro que o aluno rico não frequenta a escola pública, mas anda obviamente num bom colégio.

Mas a escola pública tem sido uma ajuda enorme para os alunos desfavorecidos que encontram muitas vezes na escola quem se preocupa com eles e se calhar uma refeição condigna que em casa não têm. O que seria destes alunos se não fosse a escola?

Mas a escola não pode obviamente fazer tudo sozinha. É preciso que outras instituições intervenham para ajudar as crianças que mais precisam, crianças com ambientes degradados, com pobreza material e cultural, com violência a vários níveis, com comportamentos desviantes.

Por isso, coisas como os “Meninos da Ria” dão-nos esperança de um futuro melhor em que a escola em conjunto com outros parceiros sociais consiga recuperar famílias e crianças que doutra forma nunca deixariam o ciclo de miséria em que vivem.

Hoje, por acaso, estive na Escola do Agro todo o dia e embora tenha encontrado bons alunos também encontrei outros que precisam de ajuda.

Uma das coisas interessantes sobre a marca de roupa que citei noutro post é o facto de ser da Nova Zelândia, ou seja, um país sem grande tradição em marcas de roupa. Mas o curioso é que alguém teve a ideia de aproveitar a lã de merino para fazer todo um conjunto de roupa que se adapta tanto ao Inverno como ao Verão. São deste tipo de iniciativas que Portugal precisa. De empresários que detectem as oportunidades e as desenvolvam de forma criativa. Como disse há pouco a Nova Zelândia não tinha nada de especial para ter esta marca a não ser obviamente as ovelhas.

Maio é o mês dos livros. Um pouco por toda a parte surgem as famosas feiras do livro. Umas pequenas outras grandes, mas lá estão à vista as últimas novidades editoriais, os autores a darem autógrafos e os livreiros a tentarem fazer uns descontos para cativar mais uns clientes. E eu como sempre passo por lá. Passo por Aveiro, onde a pobreza é grande, passo por Coimbra onde as coisas são bem melhores e pelo Porto, onde encontro um palácio cheio de livros. Parece que são 70 mil títulos espalhados por 115 barraquinhas. Demoro horas neste palácio de livros. Demoro a horas, a ver o que já estou farto de ver nas livrarias, embora encontre sempre novidades. E naquele meu passeio penso na montanha incrível de obras que se produzem todos os anos e na imensa quantidade de géneros à venda. É impressionante como há tantos livros.

É estranho que roupa feita a partir de lã de merino possa ser usada tanto de Verão como de Inverno de forma prática e leve. É o que promete a Icebreaker. A marca não tem representante em Portugal, mas acredito que se tivesse tinha sucesso. Quem usa este tipo de roupa diz que não precisa de mais nada.

Para quem não viu na altura certa "Munique" vai estar no Cine-Teatro de Estarreja no próximo fim-de-semana. Como disse na altura, o filme tem elementos completamente ficcionados que não correspondem à realidade. A Mossad nunca mandaria um grupo de agentes daquela forma para a Europa ainda por cima dependentes de informações de fontes desconhecidas. Tudo aquilo é ficção, mas o filme fez-me lembrar os tempos em que o terrorismo era mais activo do que agora. Outros tempos, que a memória tende a esquecer.

Sou de um tempo em que muitos ficavam pelo caminho na escola. Hoje também ficam é verdade, mas nos anos 80 era bem pior. Por isso, fiquei contente ao saber que o governo pretende criar 450 novos cursos profissionais, pois é uma forma de cativar gente que no ensino não profissional era capaz de desistir. É uma boa aposta que só peca por ser tardia. O caminho nesta área tem sido lento. Espero que além desta aposta exista também outra no sentido de qualificar pessoas que abandonaram a escola. Parece que também há intenções nesse sentido. Vamos ver até 2009, que frutos teremos desta aposta.

Como o José Cláudio já disse no seu blogue vamos ter à nossa frente 48 dias de bola em que o país vai andar distraído com coisas que nada contam para o nosso futuro, ou seja, futebol. Como é óbvio este é daqueles assuntos que não tem tempo de antena por aqui. Mas confesso que é sempre um período aborrecido da minha pobre existência. Ter que aturar futebol de manhã à noite é dose.

A RTP passou ontem um documentário de Tony Robinson sobre os ditos factos históricos à volta do livro de Dan Brown. O documentário está disponível em DVD e mais uma vez se nota como vários dos factos à volta do livro de Brown são romanceados e sem sustentação histórica. É claro que o documentário é limitado aos 100 minutos que exibe, mas acho que faz um bom trabalho de desmistificação.

É claro que Brown baseou o seu romance nas teorias do livro Micheal Baigent e Richard Leigh já aqui citado, que refaz o mito do Graal que deixa de ser um cálice para passar a ser a descendência (sangue) do Cristo. Mas como se pode ver no documentário, a teoria do Graal não passa de um mito e é espantoso que alguém no século XX a reinvente com base em histórias fabricadas.

Mas como noutras teorias conspirativas é sempre muito difícil convencer os autores das mesmas que estão a laborar em erros. E isso nota-se bem no documentário durante a entrevista a Baigent. O homem continua convencido das teses que defendeu em 1982.

A Comissão Europeia divulgou esta semana indicadores de referência sobre educação na União Europeia. Portugal mais uma vez não surge em bom lugar e está longe de atingir referências mundiais de qualidade até 2010. Continuamos a ter baixas competências em leitura, continuamos a ter muita gente a deixar a escola, continuamos a ter mais de metade da população sem concluir o ensino secundário.

Mas uma coisa que me chamou a atenção foi a taxa de participação na formação ao longo da vida, que na média europeia é de 10,8% e em Portugal é de 4,6%. Ou seja, pouca gente estuda depois de atingir a idade adulta. As razões são variadas, mas uma delas é que as universidades também não se esforçam por atrair população adulta.

Já agora a este respeito, o governo acabou finalmente este ano com os exames ad hoc. Portanto, os candidatos com mais de 23 anos só têm que fazer uma prova específica referente ao curso para entrar para a universidade.

É claro que nunca percebi muito bem esta coisa dos exames ad hoc. Quem na idade adulta quisesse entrar para um curso universitário devia de entrar sem grandes impedimentos, mas a abolição do ad hoc é finalmente uma boa medida nesse sentido. Mas não é tudo. As universidades continuam longe de ter propostas de formação interessantes para gente adulta.

A este nível basta olhar para uma universidade inglesa para ver a diferença abismal.

A câmara enviou esta semana para todas as casas um info-mail sobre compostagem, dando como exemplo o trabalho que tem sido feito nas escolas. É de facto uma boa forma de começar a sensibilizar as pessoas para o tratamento da matéria orgânica que todos produzimos. Embora o caminho a este nível seja longo, era preciso começar de alguma forma. Espero também que a página na net dedicada ao ambiente entre brevemente em funcionamento e que tenha informação abundante, pois para já não funciona.

Um fórum interessante que vai decorrer na próxima Sexta no Departamento de Física da UA sobre Energia.

O post do José Cláudio no Vela Latina sobre Mogadouro e a questão do nuclear. Voltarei ao assunto esta semana.

Como podem ver este espaço mudou mais uma vez de template. Acho que está agora mais agradável à vista dado que o template anterior não era muito apelativo. Espero que gostem, pois o rumo é mudar sempre para melhor.

Quando era novo e via o Popeye a comer espinafres ficava a pensar naquelas verduras. É que nunca tinha comido espinafres na minha vida, por isso, ficava curioso com as potencialidades de tais verduras. Só muito mais tarde é que vi que aquelas verduras fabulosas não eram assim tão boas como isso na sopa.

Amanhã no programa da rádio o tema será apenas o Carnaval. A ouvir com atenção.

E amanhã às 17h30 na livraria Bertrand em Aveiro lá estarei para a minha primeira palestra naquele espaço.

Em Cannes foi mal recebido e por cá as críticas não são muito positivas. Perdi mesmo o interesse em ver o filme. Mas talvez o mais interessante em tudo isto é a curiosidade que se gerou em torno destas teorias de conspiração. É uma zona cinzenta que atrai muitos leitores convencidos que estas teorias têm razão de ser e de que a Igreja esconde alguma coisa. Só que o problema é mais vasto. É que para perceber o romance de Dan Brown e outros é preciso uma boa dose de teologia e isso é coisa que o público não tem, nem a Igreja se esforça por dar. Mesmo os ditos católicos estão longe de perceber o que são os envagelhos apócrifos ou gnósticos. Muitos nem sequer sabem os canónicos quanto mais os outros. Portanto, é neste clima de ignorância que o filme passa e o livro vende. É certo que depois disto muita gente percebeu que há mais qualquer coisa além da bíblia tradicional. Mas isso pouca interessa para muita gente e até mesmo para os católicos. A religião vive-se hoje com grande distância. É uma coisa que está para ali e que se usa quando calha bem. De resto não incomoda muito.

Amanhã às 21h30 no Cine-Teatro de Estarreja, apresentação do filme sobre a vida de Egas Moniz.

Amanhã no Departamento de Geociências da UA uma conferência sobre a prospecção de petróleo em Portugal.

O livro de Micheal Baigent e Richard Leigh, “O Sangue de Cristo e o Santo Graal” foi o livro em que se inspirou Dan Brown para escrever o "O Código". A ideia que de que Cristo foi casado com Maria Madelena e que esta depois da sua morte fugiu para França onde deixou descendência é aqui bem explorada.

A estreia esta semana de “O Código Da Vinci” no cinema não deve suscitar grandes polémicas entre nós. Temos pouca tradição de discussão e embora o filme esteja a ser promovido até à exaustão, não vejo motivos para grandes polémicas ou discussões. Na verdade muita gente nem sequer leu o livro ou nem sequer está a par das teorias conspirativas que sempre existiram em torno dos evangelhos apócrifos desde que estes foram tornados públicos. Mas fica a sugestão de ver pelo menos o filme.

Porque gostamos de saber? Há qualquer coisa em nós que gosta de saber ou de aprender. Dá jeito para a vida. É verdade. Dá jeito para funcionar em sociedade, para perceber o que nos rodeia. É verdade. Mas também sabemos pelo gosto apenas de saber. Como um raio de sol que entra pela janela. Ou como um dia claro e quente de Maio. Gostamos dele sem razão nenhuma para gostar.

A recente visita do Ministro do Ambiente a Estarreja ao projecto ERASE foi importante para que a tutela entenda que o projecto deve continuar e que deve abranger também as duas valas que drenavam efluentes do complexo químico para a Ria de Aveiro.

Mas espero também que tenha sido uma visita para perceber que a Ria de Aveiro não pode continuar sem uma entidade gestora.

Uma referência à excelente programação de filmes que o Cine-Teatro de Estarreja tem exibido ao longo do tempo. E um reparo para a página da net que devia estar melhor.

O DVD com 32 perguntas sobre o 25 de Abril produzido pelo Centro de Documentação 25 de Abril.

O blogue do Carlos Martins de Aveiro que segundo me parece é deputado na assembleia municipal.

Amanhã o PSD tem as suas primeiras eleições directas. Em Estarreja também vamos votar não só para o líder como também para os delegados ao Congresso. O que é curioso é que temos duas listas opostas de delegados ao Congresso. Uma apoiada pela Comisão Política local e outra independente protagonizada por Manuel Vaz da Silva. O curioso é que se ambas as listas apoiam Marques Mendes, não se percebe bem qual é a razão da existência de uma lista independente? Mas como é óbvio toda a gente é livre para se candidatar. Mas estou curioso para ver qual é o resultado da votação. Mas é claro que sabendo como nós sabemos que o partido a nível concelhio vai ter eleições para a Comissão Política depois do Verão e que o actual líder não se pode candidatar, percebe-se a razão de ser destas movimentações.

Hoje à noite no Cine-Teatro de Estarreja um filme de Mercedes Álvarez sobre uma pequena aldeia espanhola com 14 habitantes. Uma pequena aldeia que desaparece pouco a pouco.

O Centro Universitário Fé e Cultura promove mais uma conferência. O tema de hoje é "Liberdade de Imprensa: Informar ou Deformar?" com José Carlos de Vasconcelos, Director JL e Coordenador Editorial Revista VISÃO.

É curioso como vou encontrando ali e acolá vários livros sobre a II Guerra Mundial. Parece que há um interesse crescente sobre o tema. A Bertrand lançou agora “A Queda de Berlim” de Antony Beevor, um livro que relata os últimos meses de Berlim e o fim do regime nazi. Foram tempos tenebrosos como toda a guerra em si. É um livro denso onde é possível perceber o que foram os últimos tempos do Reich. Custa 30 euros.