No fim de Julho estarei de volta com o meu diário de viagem.

Por terras distantes. Vendo outros mundos onde os políticos e as pessoas trabalham de outra forma.

De férias durante 15 dias. Talvez consiga postar alguma coisa do sítio para onde vou, mas não é garantido. Em Agosto estarei de volta.

Daqui a uns dias faz 70 anos que começou a Guerra Civil de Espanha. É uma data que não nos diz muito, embora seja um acontecimento relevante nos antecedentes da 2ª Guerra Mundial. O conflito não envolveu apenas as forças de esquerda eleitas em Fevereiro em 1936 e as forças franquistas revoltosas. Envolveu também forças exteriores à Espanha, que se envolveram a fundo no conflito. Um prenúncio do que viria ser a 2ª Guerra Mundial.

Já agora sobre este assunto existe uma grande diversidade literária, desde o livro histórico até à poesia e ao romance. Na parte histórica saliento um livro recente.

A Guerra Civil Espanhola, a União Soviética e o Comunismo de Stanley G. Payne (Ulisseia)

Um bom livro que saiu recentemente sobre a história da máfia siciliana.

E agora que o futebol acabou podemos voltar à normalidade. E agora que o assunto se esgotou nada melhor que os fogos para abrir os jornais televisivos. É assim a vida na 4ª potência mundial.

E amanhã lá completo 36 voltas ao Sol. Treze mil e poucos dias de vida. Tanto e tão pouco. Precisava de 100 mil para perceber alguma coisa deste mundo. Será que algum dia vamos viver até aos 300 anos?

Um livro escrito por uma autora que tem casa perto de mim e com quem já não falo há muito.

Marcelo Caetano: Poder e Imprensa, Ana Cabrera, Livros Horizonte.

A tese de doutoramento da Ana já tinha sido referida no Indústrias Culturais, mas saiu agora em livro.

Até Domingo, os franceses vão andar entretidos com o Mundial. A pensar que são os maiores. E os políticos franceses vão agradecer. Mas depois quando tudo acabar o orgulho francês chocará com a triste e pura realidade, ou seja, de que a França já não é o que era.

Já aqui tinha explicitado as minhas reservas em relação ao projecto de governo para a nova Lei das Finanças Locais. Volto ao tema, porque há coisas que têm que ser denunciadas. O governo fez uma boa operação de charme fazendo passar a ideia que estava a dar mais poder às autarquias na questão do IRS. Mas a verdade é que no global as transferências para as autarquias vão diminuir em cerca de 5%, o que significa que o governo vai reduzir a fatia de transferências e consequentemente o peso desta fatia no orçamento de estado. Não admira por isso que os autarcas já estejam contra. Afinal é uma lei que pouca interessa às autarquias. E de minha parte só vai merecer denúncia.

No tempo do Durão Barroso foi aprovada uma lei que instituía a avaliação por objectivos na função pública. Dois anos depois começa a chegar às autarquias. Foram precisos não sei quantos regulamentos para que a coisa ficasse regulamentada.

É comum admitirmos que um aluno aprovado em 1960 ou em 1970 com a 4ª classe tinha na sua formação um nível de conhecimentos que hoje um aluno com o mesmo número de anos de escolaridade não tem. Ou que um aluno aprovado em 1960 ou em 1970 com o 5º ano tinha uma formação melhor que hoje um aluno com o 9º ano. Portanto alguma coisa se perdeu pelo caminho.