Estamos em crise. É uma crise passageira é certo, pois é inconcebível que se dissolva o parlamento em pleno processo de aprovação do Orçamento do Estado, mas não deixa de ser uma crise. Há quem ponha as culpas em Santana Lopes, mas a verdade é que a culpa não é só dele.
Esta longa novela começou com a saída de Durão Barroso para a Comissão Europeia. Durão Barroso nunca devia ter aceitado tal cargo. Tinha um compromisso com o país e também com o partido. Foi nele que votei para que chegasse a primeiro-ministro. Em certa parte traiu a nossa confiança e deixou o partido e o governo em crise. O Presidente fez na altura o que devia fazer. Perguntou ao PSD se achava que tinha condições para continuar a governar com estabilidade. O PSD disse que sim, quando devia ter dito que não. Mas disse que sim porque lhe interessava continuar no poder. Disse que sim porque achava uma injustiça que depois de dois anos de governo em situação económica difícil viesse agora o PS colher os louros. Disse que sim porque achava que perdia as eleições caso o Presidente dissolvesse o Parlamento. Porque se achasse que as ganhava se calhar teria dito que não. Mas lá disse que sim contrariado na esperança de que Santana Lopes fosse melhor do que aquilo que parecia ser. Mas quando começaram ver que o primeiro-ministro não era tão bom como parecia, que o PP estava safar-se melhor no governo do que o PSD e que o PS aparecia à frente nas sondagens, começaram a ficar preocupados e começaram a puxar o tapete a Santana Lopes. É natural que o primeiro-ministro esteja chateado com tudo isto, afinal a oposição não vem do PS, mas do próprio PSD. Mas é pena que isto seja assim. Santana Lopes não estava obviamente preparado para assumir o cargo que assumiu. Mas pelo menos teve coragem e segurou o partido num momento de crise. É certo que uma parte da culpa nesta crise é dele e da sua impreparação para governar. Mas também é certo que uma outra parte é do PSD que não tem sabido ajudar este homem a governar melhor.
Quanto a Henrique Chaves pouco há a dizer. Parece que foi um ministro que andou mais ocupado no tiro aos pombos do que em governar. O barulho que provocou ao sair do governo é típico dos caçadores que dão muitos tiros, mas que nunca acertam em nada.
Esta longa novela começou com a saída de Durão Barroso para a Comissão Europeia. Durão Barroso nunca devia ter aceitado tal cargo. Tinha um compromisso com o país e também com o partido. Foi nele que votei para que chegasse a primeiro-ministro. Em certa parte traiu a nossa confiança e deixou o partido e o governo em crise. O Presidente fez na altura o que devia fazer. Perguntou ao PSD se achava que tinha condições para continuar a governar com estabilidade. O PSD disse que sim, quando devia ter dito que não. Mas disse que sim porque lhe interessava continuar no poder. Disse que sim porque achava uma injustiça que depois de dois anos de governo em situação económica difícil viesse agora o PS colher os louros. Disse que sim porque achava que perdia as eleições caso o Presidente dissolvesse o Parlamento. Porque se achasse que as ganhava se calhar teria dito que não. Mas lá disse que sim contrariado na esperança de que Santana Lopes fosse melhor do que aquilo que parecia ser. Mas quando começaram ver que o primeiro-ministro não era tão bom como parecia, que o PP estava safar-se melhor no governo do que o PSD e que o PS aparecia à frente nas sondagens, começaram a ficar preocupados e começaram a puxar o tapete a Santana Lopes. É natural que o primeiro-ministro esteja chateado com tudo isto, afinal a oposição não vem do PS, mas do próprio PSD. Mas é pena que isto seja assim. Santana Lopes não estava obviamente preparado para assumir o cargo que assumiu. Mas pelo menos teve coragem e segurou o partido num momento de crise. É certo que uma parte da culpa nesta crise é dele e da sua impreparação para governar. Mas também é certo que uma outra parte é do PSD que não tem sabido ajudar este homem a governar melhor.
Quanto a Henrique Chaves pouco há a dizer. Parece que foi um ministro que andou mais ocupado no tiro aos pombos do que em governar. O barulho que provocou ao sair do governo é típico dos caçadores que dão muitos tiros, mas que nunca acertam em nada.