sexta-feira, junho 30, 2006
Amanhã na rádio vamos falar de vários tópicos.

O novo projecto de lei das Finanças Locais é um dos assuntos. Como já tinha dito aqui as desconfianças sobre este novo projecto de lei são enormes. Os autarcas estão contra e eu também tenho grandes reservas. Portanto, espero que o projecto nunca chegue a lei definitiva.
 
posted by Jose Matos at 15:07
 
posted by Jose Matos at 14:09
Em 1978/79 a Southern Television fez uma adaptação dos Cinco para televisão. A série passou na RTP no início dos anos 80. Eram 26 episódios de 25 minutos cada. Aqui fica o genérico.
 
posted by Jose Matos at 10:25
quinta-feira, junho 29, 2006
Vale a pena pensar nestes números. Temos 56% da população do concelho com a 4ª classe ou mesmo sem isso. E apenas 16% com o 9º de escolaridade.

É isto grave? Acho que sim, pois mostra que a escola nunca foi para nós importante. Sempre demos mais importância à profissão do que à escola. Como se nascêssemos ensinados. Como se a escola fosse um empecilho para a nossa vontade de ganhar dinheiro.
 
posted by Jose Matos at 16:59
quarta-feira, junho 28, 2006
Quando o Mcdonalds chegar a África.

 
posted by Jose Matos at 16:37
Cinco palavras que merecem um comentário meu a respeito da discussão da A29 na Assembleia Municipal de ontem.

Tempo – Foi dito que o PSD no tempo em que esteve no governo não fez o IC1. O PSD esteve dois anos e meio no governo e é verdade que durante esse período não conseguiu iniciar a obra. Tenho pena que isso tenha acontecido, pois agora não estávamos a discutir isto. Mas tenho mais pena que o PS durante os seis anos que esteve no governo (antes do PSD) também não tenha feito nada. Ou melhor que durante esses seis anos de governo tenha acabado com o traçado a poente idealizado pelo PSD e o tenha passado para nascente. Portanto, em seis anos, o PS fez aquilo que o PSD fez em dois anos e meio que foi mudar o traçado de um lado para o outro. E é pena que o PS local não se lembre disto quando fala do IC1. Mas já sabemos que a memória é curta.

Trabalho – Foi dito que o Presidente da Câmara não fez nada para que o traçado fosse para poente. É espantoso ouvir isto quando é o próprio governo da nação que diz que o traçado mudou para poente no tempo de Durão Barroso por causa da pressão dos autarcas. Sendo assim, como é que se diz agora que o Presidente da Câmara não fez nada? O Presidente da Câmara não tem feito outra coisa senão isso, ou seja, lutar pelo traçado a poente. E é o próprio governo que o diz. Que a culpa do traçado a poente é dos presidentes de câmara. Ora se o governo tem esta posição crítica em relação ao poente não me parece que algum dia desse ouvidos ao Presidente da Câmara de Estarreja que quer justamente o traçado a poente. Não me parece que aceitasse fazer a obra a poente dando razão aos autarcas que considera os culpados desta trapalhada toda. Portanto, neste capítulo o problema não está no Presidente da Câmara de Estarreja. O problema está no governo que acha que os autarcas estão a defender a obra errada.

Frontalidade – É o que o PS local não tem em relação à A29. Frontalidade para afrontar o governo, frontalidade para dizer que está contra ao traçado a nascente. E não tem frontalidade para fazer isso porque o governo é do PS, porque se o governo fosse de outra cor política já tinha feito uma guerra contra o traçado a nascente. Ora o que PS local fez foi resignar-se, foi render-se à solução apresentada. A visita dos deputados do PS ao concelho só confirmou isso. Nem uma palavra contra à actual solução. Nem uma sequer.

Ingenuidade – Pensar que o Ikea vem para Estarreja por causa da conclusão da A29 é no mínimo de uma grande ingenuidade. O Ikea não precisa da conclusão da A29 para nada. Para escoamento dos produtos já tem a A1 e a via-férrea. Precisa é de uma boa ligação do Parque Industrial à A1. Isso sim. Precisa é que a via-férrea seja ligada o mais breve possível ao Porto de Aveiro. Isso sim. Mas já agora também é ingénuo pedir em plena assembleia que a câmara diga qual é a estratégia que tem para trazer Ikea para Estarreja. Mal de nós se a câmara o fizesse. Parece que o PS não aprendeu nada com o exemplo de Ponte de Lima a respeito deste dossier. Percebe-se que quem disse isto nunca governou senão não pedia o que pediu.

Coerência
– É o que é preciso neste momento. Não ficar calados, não deixar passar em branco o que querem fazer. Já sabemos que para o governo pouca importa a nossa opinião. Já sabemos que não adianta nada protestar. A obra vai para a frente. De nada adianta dizermos que não estamos de acordo. Agora não contem connosco para ficar calados.
 
posted by Jose Matos at 14:24
terça-feira, junho 27, 2006
Pouca gente sabe disto aqui, mas o IP3 junto a Vila Pouca de Aguiar foi desviado em relação ao projecto original por causa de uma alcateia de 7 lobos. O desvio custou 150 milhões de euros, ou seja, cada lobo saiu a 21 milhões de euros. São os lobos mais caros da história.

Como é que chegamos a um ponto destes? A resposta é fácil é que os desenhos das Scuts foram lançadas em muitos casos sem estudos de impacte ambiental. Ora no caso do IP3, o resultado foi o que está à vista. Quando se aperceberam do problema dos lobos já era tarde e tiveram que refazer o traçado.

No caso da A29 há quem pense mesmo. Que o traçado original a poente estava errado, pois não tinha em conta o impacte ambiental na zona do campo de Fermelã e de Canelas. Eu acho que não, pois sempre achei que a construção de uma via rápida junto à via-férrea em Canelas e Fermelã não teria um impacto significativo naquela zona. Já lá existe a linha de caminho de ferro e não me parece que um viaduto por cima daquela zona provocasse um grande impacto no resto do campo.

É claro que era mais caro que a solução a nascente, mas mais racional tendo em conta a nascente a existência da A1. Portanto, não considero que tenha sido um erro pensar a solução a poente, apesar do seu custo elevado.

Portanto, a minha pena é que não se tenha construído logo em 1995, muito antes da concessão à Lusoscut.

Depois disso veio a concessão à Lusoscut em Maio de 2000, desta vez já com o traçado a nascente. Um erro completo em termos de racionalidade da rede viária. Qual o sentido de fazer uma via como a A29 junto à A1? Depois veio o governo de Durão Barroso e o traçado volta para poente, mas já aqui o estado começa a perder dinheiro a favor da Lusoscut. Tentou-se corrigir um erro do passado, mas começou-se a pagar caro por isso.

Chega o novo governo e voltamos para nascente e continuamos a pagar o ziguezague. Em suma, andamos estes anos todos a saltar de traçado em traçado e a perder tempo, quando tudo podia estar resolvido há 10 anos atrás.

Mas lembram-se, tudo isto para resolver o problema da 109. Mas agora vejam esta coisa espantosa! Um dia se a A29 tiver portagens a alternativa sem portagens será apenas a EN109, ou seja, ficamos exactamente na mesma como estamos agora. E há fortes possibilidades da A29 ter portagens, pois é uma Scut do litoral, onde as condições económicas e sociais da população são razoáveis e não tão difíceis como no interior.

Portanto, andamos 10 anos em ziguezagues e daqui a 4 ou 5 anos estamos outra vez sem alternativa à 109. Portanto, vejam bem ao ponto a que chegamos e onde vamos parar!
 
posted by Jose Matos at 14:46
segunda-feira, junho 26, 2006
Não é fácil manter um blogue em actividade. É que não vivemos disto e o tempo que nos rouba podia servir para outras coisas mais proveitosas. É que no fim de mês todos temos contas para pagar e não é com os blogues que as pagamos. Portanto, não admira que muitos blogues encerrem e que só os mais resistentes fiquem. Só quem é tonto é que resiste.
 
posted by Jose Matos at 15:27
sábado, junho 24, 2006
Ainda sobre a visita dos deputados do PS. Vamos ver o que vão dizer quando a A29 tiver portagens? Será que vão protestar? Será que vão dizer alguma coisa sobre o assunto? Ou será que se vão calar pelo incómodo da medida? E o PS de Estarreja o que vai dizer? Optará pelo silêncio ou pela contestação?
 
posted by Jose Matos at 13:18
Uma das coisas que saliento no artigo que saiu no Jornal de Estarreja a propósito da A29 é que um dia quando a A29 tiver portagens a alternativa sem portagens será apenas a EN109, o que nos deixa exactamente na mesma como estamos agora. Ou seja, vamos fazer uma via que devia ser uma solução para a 109 e que no futuro nos vai deixar na mesma situação de agora, ou seja, sem solução nenhuma.
 
posted by Jose Matos at 00:45
sexta-feira, junho 23, 2006
Amanhã no programa da rádio o cine-teatro em destaque.
 
posted by Jose Matos at 20:26
Os deputados socialistas eleitos pelo distrito de Aveiro passaram por Estarreja há poucos dias. E lá falaram do IC1 a nascente (esqueceram-se que não vamos ter IC1, mas sim A29) dizendo que tecnicamente é o traçado possível. Ou seja, confirmaram aquilo que o governo já tinha dito por outra pessoa, ou seja, de que a solução a nascente não é a melhor, mas sim a possível neste momento.

É claro que uma deputada da comitiva (Helena Terra) cometeu um pequeno deslize ao dizer que num ano o governo do PS fez o que ninguém fez em três. A verdade é que num ano o governo do PS ainda não fez nada senão anunciar o traçado. Acredito que o faça, pois não tem outra saída, mas para já limitou-se apenas a pegar num traçado que já estava feito no papel e a dizer que vai fazer. Portanto, num ano o governo do PS fez o que muita gente já fez no passado que foi anunciar um traçado já conhecido.

Mas eu percebo o sentido da frase, embora deva dizer que a deputada foi modesta na comparação. Devia era ter dito o seguinte: queremos fazer aquilo que ninguém fez em 10 anos incluindo o PSD e o PS. E aí sim falava bem.
 
posted by Jose Matos at 20:24
quinta-feira, junho 22, 2006
O Courrier Internacional com os problemas demográficos da Europa.


 
posted by Jose Matos at 16:17
O Blitz renasceu ontem em formato de revista. Ganhou periodicidade mensal e tem agora um site on-line.

 
posted by Jose Matos at 16:11
quarta-feira, junho 21, 2006
Ás vezes temos momentos de cansaço em que queremos mudar de casa. Mas quando vemos que não vale a pena voltamos ao mesmo sítio. Portanto, o blogue continua. O que aqui foi escrito já não faz sentido. Foi um momento de cansaço, mas já passou. Já não tenho idade para grandes mudanças. Agora é continuar em frente.
 
posted by Jose Matos at 16:59
terça-feira, junho 20, 2006
Na entrevista que deu ao Público/Renascença, o Vasco Pulido Valente comentava este hábito curioso de irmos passar férias ao Brasil dizendo que era um pouco a história do pobre a quem davam uma vaca para produzir leite e dar à luz vitelos. Mas mal viravam as costas, o pobre matava a vaca e comia-a. Ou seja, quem viveu em pobreza agora aproveita enquanto dura. Não deixa de ter a sua razão. Quantos fundos comunitários não foram comidos por gente esfomeada? Quantos golpes e acrobacias para ludibriar o estado? Enfim, viemos da miséria e agora estamos deslumbrados.
 
posted by Jose Matos at 18:59
segunda-feira, junho 19, 2006
Uma das coisas que mais me choca na questão da A29 é como é que vivemos num país que para resolver o problema de uma estrada nacional (a 109) faz uma auto-estrada ainda por cima colada a outra auto-estrada? E tudo isto será ainda mais absurdo no futuro com portagens. É que depois vamos entrar na A29 em Fermelã, pagamos portagem até Maceda e saímos para o IC1 em direcção o Porto. É esta a alternativa que nos querem dar para a antiga 109! Mas a minha grande curiosidade é em saber qual será o valor das portagens? Estou mesmo curioso para um dia ver isso.
 
posted by Jose Matos at 13:41
sexta-feira, junho 16, 2006
Vi o filme há poucos dias. Digamos que é um filme impressionista como todo o cinema de Terrence Malick. Um filme de sensações principalmente visuais. Mais do que ideias é a natureza que ali está em força. E o confronto entre a civilização e essa mesma natureza. Depois de um filme destes sentimos que há realmente ali um paraíso perdido. Sentimos que a civilização não é tudo. Sentimos vontade de sair daqui e conhecer aquilo.

Mas a perícia com que Malick filma a floresta é realmente impressionante como já era na “Barreira Invisível”. Não só a floresta como a própria colónia ou o tribo dos nativos. Reconhecemos que há realmente ali um trabalho de mestre. De um artesão que vive noutra dimensão.

 
posted by Jose Matos at 16:50
quarta-feira, junho 14, 2006
Ainda não vi o livro deste homem à venda, mas estou curioso para o ver.
 
posted by Jose Matos at 15:19
Avaliação de um exercício nos tempos que correm...
(Orientado para professores que têm de mudar...)

QUESTÃO:
6 + 7 = ?

A . EXERCÍCIO:
6 + 7 = 18

B . ANÁLISE:
A grafia do número seis está absolutamente correcta;
O mesmo se pode concluir quanto ao número sete;
O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;

Quanto ao resultado , verifica-se que o primeiro algarismo (1) está correctamente escrito - corresponde ao primeiro algarismo da soma pedida. O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical! Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos.. a sua intenção era, portanto, boa.

C . AVALIAÇÃO:
Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:

A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão correctamente encadeados: os elementos estão dispostos pela ordem precisa.

Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o exercício, o que é perfeitamente negligenciável.

Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias... - realçando as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...
Em consequência, podemos atribuir-lhe um...

..."EXCELENTE"...

...e afirmar que o aluno...

..." PROGRIDE ADEQUADAMENTE"!!!
 
posted by Jose Matos at 13:31
terça-feira, junho 13, 2006
Estas polémicas em torno da A29 são sempre propícias a politiquices por parte dos partidos locais ou por ex-autarcas ainda ressentidos por resultados eleitorais.

O PS acusa mesmo o actual presidente de nada ter feito para evitar o traçado a nascente. Ora se há coisa que o presidente da câmara fez desde sempre foi lutar pelo traçado a poente. Aliás, quem o diz não só eu é o próprio Secretário de Estado das Obras Públicas que acusa os autarcas de terem “desviado” o traçado para poente. Ora se a culpa segundo o governo actual é dos autarcas como é que um partido local acha que o mesmo governo ia agora dar ouvidos aos mesmos autarcas que foram os “responsáveis” pelo traçado a poente? Seria no mínimo absurdo que o mesmo governo que critica os autarcas por defenderem o traçado a poente desse agora algum seguimento às suas revindicações!

É óbvio que este tipo de acusações não tem qualquer sentido. Ainda por cima, vindas de um partido que ainda não disse qual é a sua posição sobre o assunto, o que é espantoso. Ainda por cima, vindas do partido que está neste momento no poder central. A pergunta que todos fazemos é o que é que o PS local fez para mudar o traçado para poente? É que o PSD e o actual presidente da câmara no tempo em que o PSD era governo conseguiram de facto convencer os seus a mudar o traçado para poente. Mas sobre o PS local nada sabemos? Fez o PS local alguma diligência junto dos seus em Lisboa? Tem o PS local uma opinião sobre a melhor solução?

Não podia também obviamente deixar de tecer umas palavras a respeito de Vladimiro Silva, que mesmo longe não para de surpreender-nos com as suas declarações. Diz ele ao Diário de Aveiro que o actual executivo conduziu o processo com “amadorismo” e que não se bateu com “coragem” pelo traçado a poente. Ora perante estas declarações fica-se com a sensação que Vladimiro Silva foi muito mais corajoso na luta do traçado a poente. Se arrancar estacas é um acto de coragem aí de facto foi. Mas escrever uma carta ao governo a dizer que aceitava a solução a nascente, talvez não seja propriamente um acto de coragem. Eu diria que se chama resignação. Mas enfim a memória é curta…
 
posted by Jose Matos at 13:08
Andamos anos a discutir o problema do poente/nascente, quando o nosso verdadeiro problema nos últimos anos foi sempre uma aberração chamada A29. Ou melhor dizendo, quando o nosso verdadeiro problema foi sempre uma coisa chamada racionalidade da rede viária.

É que o troço agora é discussão é à primeira vista um caso típico de conflito entre custos e localização, mas a verdade é que é um caso típico de mau planeamento viário. É óbvio que a construção de um troço junto à A1 foi desde sempre a opção mais barata e com menos impacto ambiental. É natural que fosse desse ponto de vista uma opção atraente para quem governa.

Mas a localização próxima a uma auto-estrada com portagens não era algo aconselhável em termos de eficiência e utilidade. E a provável introdução no futuro de portagens na A29 torna esta opção ainda mais estranha, dado que serão duas vias muito semelhantes, ambas com portagens distanciadas a 500 metros uma da outra. Não vejo que seja viável manter a A29 durante muitos anos sem portagens. Não vejo também que isso seja uma opção racional por parte do governo. Afinal estamos a falar de uma via com características de auto-estrada e não de uma simples via rápida. Portanto, merece obviamente ter portagens.

É claro que uma solução a poente era deste ponto de vista mais racional em termos de localização, embora com custos muito mais elevados (300 milhões de euros) devido ao problema ambiental. Também não seria uma opção certa com as características actuais, ou seja, seria apenas mais uma auto-estrada com portagens e ainda por cima caríssima.

Portanto, o problema não está no poente/nascente que tanta tinta fez correr, mas sim numa coisa chamada A29. É que esta coisa chamada agora A29/IC1 devia ser na sua totalidade uma alternativa à EN109. Foi para isso que foi pensada. Pode-se considerar que o foi no tempo do IC1 entre a Valadares e Maceda (e ainda é). Esse sim é um troço alternativo à EN109. Mas deixou de o ser a partir do troço de Maceda/Estarreja. É aqui que o IC1 morre para dar lugar a uma aberração chamada A29.

É aqui que surge logo a estranheza de um troço típico de auto-estrada não muito longe de uma outra auto-estrada. O resto do troço entre Estarreja e Angeja terá as mesmas características e ainda por cima “colado” à A1. Ou seja, temos aqui uma falta de racionalidade clara, porque o que se devia ter feito era uma via rápida simples que nunca teria portagens e que seria uma verdadeira alternativa à EN109. Um dia quando a A29 tiver portagens a alternativa sem portagens será apenas a EN109, o que nos deixa na mesma.

É claro que o governo agora já não pode recuar. Os custos da indemnização ao concessionário por atrasos na obra já são elevados e vão continuar caso nada seja feito. Portanto, qualquer solução alternativa ao que já está planeado não tem agora qualquer sentido. E é notório que o governo só faz o que está a fazer porque não está disposto a pagar mais dinheiro ao concessionário pelos atrasos na obra e não por acreditar na solução proposta.

Portanto, o que devia ter sido pensado há muito tempo não era uma A29 como vamos ter, mas sim um IC1 com características de via rápida que unisse Porto/Aveiro, e que fosse uma verdadeira alternativa à EN109. E aí sim até podia ser a nascente, pois nunca seria uma auto-estrada encostada a outra auto-estrada como vai ser no futuro e ainda por cima com portagens. Se tivéssemos um planeamento correcto da nossa rede viária e do nosso dinheiro público era isto que tínhamos feito. Mas nós por cá não temos nada disso.

Mas neste domínio continuamos a errar. O caso da A25 é outro igual. Fez-se uma auto-estrada parcialmente em cima do antigo IP5 em vez de uma auto-estrada completamente à parte. Um dia se forem introduzidas portagens na A25, os condutores não terão alternativa. E vão ter exactamente o mesmo problema que vamos ter no futuro.
 
posted by Jose Matos at 13:02
sábado, junho 10, 2006
Enquanto ouvia hoje a conversa do IC 1 na rádio pensava no quanto as pessoas estão alheadas destas polémicas. É espantoso como o assunto morreu.
 
posted by Jose Matos at 17:48
sexta-feira, junho 09, 2006
Amanhã na RVR falaremos do diagnóstico social, do IC 1 e do plano nacional de leitura.
 
posted by Jose Matos at 12:31
Um pouco de chuva para acalmar o pó castanho da terra. Um pouco de chuva para lembrar que o Verão também tem destas coisas. Mal molhou a terra, mas para a semana vai voltar em força.
 
posted by Jose Matos at 12:23
quinta-feira, junho 08, 2006
Os campos em repouso. Imensos plantados de verde. Não há melhor altura do ano para os ver como agora. Relembro os tempos em que os percorria. Relembro que nasceram para o Verão como eu. Que gostam da luz e do verde. Ainda há quem cuide deles. Ainda há quem os plante com o labor de outros tempos. Também já andei por ali armado em agricultor. Também já conheci o pó da terra.
 
posted by Jose Matos at 17:43
quarta-feira, junho 07, 2006
O que significa hoje a cultura para a gente nova? Será que passa pela leitura? Será que passa pelos livros? Saber de livros é uma coisa que ainda hoje fica bem no nosso ser em social. Falar deste ou daquele autor, ter lido isto ou aquilo, dá sempre jeito em sociedade. Mas a gente nova tem outros interesses que não passam pelos livros. Talvez um dia destes ser ignorante seja de bom tom, como andar sujo ou com as calças cair pelas pernas abaixo. E aí os livros deixarão de ter interesse ou sentido.

Mas estas coisas aprendem-se na escola e em casa também. Como lavar os dentes ou andar asseado. Daí que veja com bons olhos o Plano Nacional de Leitura que vai obrigar a gente nova a ler livros na escola. E é por isso que não posso concordar com o Saramago que diz que o estímulo à leitura é inútil. Porque esta coisa é como lavar as mãos ou andar sujo. Nenhuma criança se lava espontaneamente, porque andar sujo é mais cómodo. Ora se não a mandamos lavar as mãos ou tomar banho nunca conhece o hábito da limpeza. Com os livros é a mesma coisa. Nem todos ficarão com a paixão dos livros, mas será sempre um estímulo para melhorar a situação actual.
 
posted by Jose Matos at 18:00
terça-feira, junho 06, 2006
Voltar à escola onde fui aluno e ver que a memória e o espaço ainda são os mesmos. E ver os olhos brilhantes e surpresos dos alunos espantados com tanto aparato. E pensar no quanto isto seria impossível no meu tempo de aluno.
 
posted by Jose Matos at 15:58
segunda-feira, junho 05, 2006
Uma casa. Quatros paredes, umas janelas e umas portas. Um abrigo, um sítio para estar. Mas uma casa é mais do que isso. É uma coisa que se sente a pulsar nas veias, uma coisa que mexe com o coração. A casa da infância, a casa da idade adulta, a casa da velhice. Quantas casas não temos nós ao longo da vida? E quantas nos tocam cá dentro? Mas o que será esta onde agora estou? O que representará no meu imaginário? Que importância terá no meu futuro? Uma casa.
 
posted by Jose Matos at 21:16
sexta-feira, junho 02, 2006
 
posted by Jose Matos at 17:55
quinta-feira, junho 01, 2006
É incrível o silêncio infinito que nos precedeu no tempo como também aquele que há-de ser no futuro. Tanto silêncio sem nós. Sem qualquer palavra humana, sem qualquer resquício de civilização.
 
posted by Jose Matos at 17:55